A escassez de aeronaves afetou o setor de aviação, especialmente no mercado internacional, que exige modelos maiores. No entanto, representantes das empresas esperam que o problema fique para trás este ano, com a entrega de 1.540 novas aeronaves pelos fabricantes, incluindo 125 na América Latina. Em comparação, em 2009, último ano antes da pandemia, foram entregues 1.240, de acordo com dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
Ainda existem gargalos na entrega, como o caso da Latam, que precisou adiar em um mês o início de uma rota de São Paulo para Los Angeles devido à falta de aeronaves. A chegada de novas aeronaves ajudará na retomada de voos do Brasil para o exterior, especialmente em rotas que existiam antes da pandemia e ainda não voltaram a operar.
Com menos aeronaves disponíveis, as companhias aéreas procuram alocá-las em rotas mais lucrativas, o que pode prejudicar destinos com menor poder de compra, como o Brasil. Durante a pandemia, as empresas tiveram que decidir se manteriam ou não suas frotas ativas. Deixar um avião estacionado por um longo período gera custos elevados para sua recuperação.
A pandemia também gerou problemas nas cadeias de produção e logística, o que atrasou a entrega de novas aeronaves. Uma solução encontrada foi a utilização de modelos mais antigos, como o 747 e o Airbus A380, que têm mais espaço para assentos de classe executiva e primeira classe. No entanto, a tendência do setor é a renovação, já que esses modelos consomem mais combustível do que os mais modernos.
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