terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Ciência UFPR: A universidade tem a 100ª patente de inovação em energia solar

Placas solares orgânicas instaladas no Departamento de Física da UFPR, novo processo torna conversão de luz em energia e aumenta durabilidade deste tipo de célula solar (Foto: Marcos Solivan)

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) atingiu a marca de 100 patentes concedidas pelo instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O novo pedido registra uma técnica de fabricação de células solares orgânicas que comprovadamente triplica a eficiência da conversão de luz em eletricidade, incluindo como tornar as células mais duráveis.

Desde 2013, ano da primeira patente concedida pela UFPR, diversas inovações foram registradas com o apoio da agência de Inovação da universidade vinculada ao órgão Regulador de Parcerias e Inovação (Spin), que auxilia os pesquisadores no encaminhamento de pedidos.

As patentes protegem os direitos de uso dos inventores que podem outorgar o uso de suas inovações vendendo a patente ou licenciando-a em troca de royalties. No caso de patentes oriundas de pesquisas da UFPR, os recursos serão devolvidos à universidade.

Segundo a agência, sete patentes de invenções criadas na universidade já estão sendo utilizadas para fins comerciais que trarão royalties para a universidade. Além das invenções, seis variedades de cana-de-açúcar cadastradas no órgão e um programa de computador também estão sendo utilizadas comercialmente, trazendo também recursos para a universidade.

Confira o portfólio completo de propriedade intelectual da Agência de Inovação – Spin.

Inovação torna células solares orgânicas mais duráveis e eficientes

O processo patenteado produz um novo tipo de célula solar, que consiste em folhas finas e flexíveis criadas camada por camada como uma impressão. Na fabricação de polímeros semicondutores, que recebem o nome das células por serem compostos orgânicos, são evaporados e fixam-se em um substrato, formando um material flexível e semitransparente. A principal vantagem dessas células está em seu método de fabricação, que é realizado em impressoras de rolo para rolo, o que permite produzir quilômetros de células por mês em substratos flexíveis.

Diferente das células fotovoltaicas convencionais, esse tipo de célula é muito mais versátil, dependendo menos do ângulo da incidência do sol, utilizando estruturas de suporte mais leves e podendo ser aplicadas de diversas formas, como em mobiliários urbanos, estufas, fachadas de prédios e até mesmo em mochilas e casacos.

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