A Controladoria-Geral da União (CGU), na última terça-feira (20/12), multou a XP Investimentos em R$ 2 milhões depois que a Waru, assessoria de investimentos que presta serviços à empresa, no caso apurado de possível disponibilidade de vantagem à funcionários da Caixa em troca de informações sigilosas da base nacional de clientes do banco. A notícia foi publica originalmente na coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles.
A investigação aberta pelo banco estatal para apurar supostos atos ilícitos, apontou que quatro servidores deixaram a Caixa para fundar a empresa de assessoria de investimentos e, três meses depois, receberam lucros após uma transferência de R$ 2 milhões da XP.
A decisão foi assinada pelo ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosario, e publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última quarta-feira (21/12).
Entenda o caso
A apuração iniciou dentro da instituição em 2019 quando a estatal abriu um processo administrativo de responsabilização (PAR) contra a empresa de investimentos. No ano seguinte, em 2020, a CGU assumiu o processo e considerou que o caso envolvendo a XP era importante e deveria passar por novas análises. Em 2021, após uma auditoria, foi aberto um procedimento contra a empresa que manteve o entendimento adotado pela Corregedoria da Caixa.
Há poucos dias de deixarem a Caixa, os executivos tentaram capturar dados sigilosos de clientes em um sistema do banco. E, segundo a CGU, mesmo depois que saíram do banco, os ex-funcionários acessaram outras informações nesse sistema interno.
“A XP Investimentos prometeu pagamento de vantagem indevida a agentes públicos”, escreveu a CGU, acrescentando que a firma buscava a captação da “base nacional de dados bancários da Caixa”. Essa promessa de vantagem indevida foi concretizada, segundo a CGU, com uma transferência de R$ 2 milhões da XP à Waru, que repassou o dinheiro aos sócios da Waru e ex-empregados da Caixa como lucros e dividendos três meses depois da abertura da empresa.
A empresa de investimentos negou ter oferecido qualquer tipo de vantagem indevida e afirmou também que não tentou obter informações privilegiadas. “A XP não praticou qualquer ato ou conduta ilícita na negociação em questão”, declarou a empresa que ativou seu Programa de Integridade depois que soube do episódio envolvendo o escritório e colocou a firma e os sócios, em sua matriz de risco e admitiu que “pode ter havido uma ausência de excesso de zelo de sua parte” no “mau uso” do banco de dados.
Fim
Para encerra o caso, no dia 16, a XP deu explicações à CGU e solicitou acordo para antecipar o julgamento por meio do pagamento de uma multa, o que é legal. O pedido foi formalizado no dia 23 de novembro.
Procurada pelo colunista, a XP Investimentos afirmou que não fez nada ilegal ou irregular, e que poderia ter tido mais “zelo” na contratação de agentes autônomos da assessoria credenciada. A Waru Investimentos também foi procurada e não respondeu, segundo a publicação.
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