Na quarta-feira (11), o IBGE divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de abril: 1,06%. Embora represente uma queda em relação a março (1,62%), o acumulado dos últimos 12 meses somou 12,13%.
O índice de Abril (1,06%) é também o maior número para abril desde 1996, ocasião em que os brasileiros ainda não acreditavam totalmente no sucesso do Plano Real e viviam sob o signo da desconfiança, tantos haviam sido os planos fracassados.
Quanto aos acumulados dos últimos 12 meses aqui no Brasil, é o maior número desde 1995. Mas, desta vez, a inflação brasileira faz parte de um contexto mundial.
Na Zona do Euro, por exemplo, o CPI (Consumers Price Index – Índice de Preços ao Consumidor) anual está em 7,5%, o maior desde 1982, quando a economia mundial ainda sofria a pressão inercial dos dois choques do petróleo: 1973 (Guerra do Yom Kippur) e 1980 (Revolução Iraniana).
Acaba de sair o CPI dos últimos 12 meses na Alemanha: 7,4%, o maior em 41 anos, quando muitos dos leitores deste texto ainda não eram nem nascidos.
Como se sabe, a causa disso tudo desta vez foi a pandemia de Covid (e a expansão monetária aplicada para minimizar seus efeitos na economia), agravada pela guerra da Ucrânia.
Já o CPI americano dos últimos doze meses, também divulgado hoje, veio em 8,3%, acima da previsão (8,1%), mas inferior ao número recorde de 8,5% registrado no mês passado.
Enfim, como diz o título deste texto, trata-se de um fenômeno mundial. Seria praticamente impossível que o Brasil ficasse de fora.
O importante agora é que os diversos bancos centrais mundo afora acertem na calibragem dos juros para que o remédio não se transforme em recessão. Ou estagflação, que é ainda pior.
A conferir os próximos dados para sabermos se estamos no pior momento ou se daqui para a frente as coisas vão melhorar.
Por Ivan Sant’Anna, escritor, trader e colunista na Inv Publicações.
Fonte: o Antagonista
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