O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para novembro foi de 0,53%, 0,37 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,16%).
Período | Taxa |
---|---|
Novembro de 2022 | 0,53% |
Outubro de 2022 | 0,16% |
Novembro de 2021 | 1,17% |
Acumulado no ano | 5,35% |
Acumulado dos últimos 12 meses | 6,17% |
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,35% e, em 12 meses, de 6,17%, abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa foi de 1,17%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para novembro foi de 0,53%, 0,37 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,16%).
À exceção de Comunicação (0,00%), que apresentou estabilidade, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em novembro. Os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%), ambos com 0,12 p.p. Na sequência veio o grupo Transportes, que saiu de queda de 0,64% em outubro para alta de 0,49% em novembro, contribuindo com 0,10 p.p. A maior variação no índice do mês veio de Vestuário, com alta de 1,48%, resultado próximo ao do mês anterior (1,43%). Vale destacar ainda a alta de 0,48% de Habitação, superior à de outubro (0,28%). Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,54% de Artigos de residência.
O grupo Alimentação e bebidas teve aumento expressivo na passagem de outubro (0,21%) para novembro (0,54%), puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,60%). Destacam-se, em particular, os aumentos nos preços do tomate (17,79%), da cebola (13,79%) e da batata-inglesa (8,99%). Além disso, os preços das frutas subiram 3,49%, contribuindo com 0,04 p.p. no resultado do mês. No lado das quedas, cabe mencionar o leite longa vida (-6,28%), cujos preços já haviam recuado em outubro (-9,91%).
Grupo | Variação Mensal (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral | 0,16 | 0,53 | 0,16 | 0,53 |
Alimentação e bebidas | 0,21 | 0,54 | 0,04 | 0,12 |
Habitação | 0,28 | 0,48 | 0,04 | 0,07 |
Artigos de residência | -0,35 | 0,54 | -0,01 | 0,02 |
Vestuário | 1,43 | 1,48 | 0,07 | 0,07 |
Transportes | -0,64 | 0,49 | -0,13 | 0,10 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,80 | 0,91 | 0,10 | 0,12 |
Despesas pessoais | 0,57 | 0,27 | 0,06 | 0,03 |
Educação | 0,19 | 0,05 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,42 | 0,00 | -0,02 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
A alimentação fora do domicílio (0,40%) teve variação próxima à do mês anterior (0,37%). Enquanto a refeição subiu 0,36%, o lanche subiu 0,54%. Em outubro, as variações haviam sido de 0,44% e 0,23%, respectivamente.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,91%), os destaques foram os itens de higiene pessoal (1,76%), em especial os produtos para pele (6,68%), e os planos de saúde (1,21%).
No grupo dos Transportes (0,49%), os preços dos combustíveis (2,04%) voltaram a subir, após cinco meses consecutivos de quedas. Depois de caírem 5,92% em outubro, os preços da gasolina subiram 1,67% em novembro, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês, 0,08 p.p. Além disso, os preços do etanol subiram 6,16% e os do óleo diesel, 0,12%. O gás veicular (-0,98%) foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados.
Ainda em Transportes, os preços das passagens aéreas caíram 9,48% em novembro, frente à alta de 28,17% no mês anterior. Com isso, elas contribuíram com o impacto negativo mais intenso no mês de novembro, -0,08 p.p. Destacam-se ainda as quedas nos transportes por aplicativo (-1,04%) e nos automóveis usados (-0,82%).
No grupo Vestuário (1,48%), todos os itens pesquisados tiveram alta, à exceção das joias e bijuterias (-0,04%). As principais contribuições vieram das roupas femininas (1,93%) e dos calçados e acessórios (1,44%), com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p., respectivamente.
A aceleração do grupo Habitação (de 0,28% em outubro para 0,48% em novembro) decorre principalmente das altas do aluguel residencial (0,83%) e da energia elétrica (0,44%). As variações dos preços da energia elétrica nas áreas foram desde -0,63% em Belém até 7,44% em Brasília, onde houve reajuste de 21,54% nas tarifas para os clientes residenciais de baixa tensão, a partir de 3 de novembro. Também houve reajustes de 5,35% em Goiânia (4,27%), a partir de 22 de outubro, e de 2,07% em uma das concessionárias de São Paulo (-0,38%), vigente desde 23 de outubro.
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,55%) se deve aos reajustes tarifários no Rio de Janeiro (2,59%) e em Porto Alegre (2,94%). Na primeira, o reajuste de 11,82% passou a vigorar em 8 de novembro; na segunda, houve reajuste de 13,22% em uma das concessionárias, aplicado a partir de 29 de setembro.
No grupo Comunicação (0,00%), houve alta nos planos de telefonia fixa (2,40%) e nos serviços de streaming (3,09%). No sentido oposto, foi observada queda no preço dos aparelhos telefônicos (-0,35%) e dos planos de telefonia móvel (-0,99%).
Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram variações positivas em novembro. As maiores ocorreram em Recife (0,78%), onde houve alta de 4,97% nos preços da gasolina (4,97%), e em Brasília (0,78%), onde pesou o aumento da energia elétrica (7,44%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (0,11%), em função das quedas nos preços das carnes (-3,05%) e das passagens aéreas (-8,27%).
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Recife | 4,71 | 0,36 | 0,78 | 5,44 | 6,34 |
Brasília | 4,84 | 0,56 | 0,78 | 5,06 | 5,88 |
Goiânia | 4,96 | 0,56 | 0,66 | 4,11 | 4,83 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,28 | 0,61 | 3,36 | 4,36 |
Salvador | 7,19 | 0,05 | 0,60 | 6,44 | 7,64 |
São Paulo | 33,45 | 0,15 | 0,56 | 6,07 | 6,99 |
Belo Horizonte | 10,04 | -0,04 | 0,55 | 4,12 | 4,69 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,20 | 0,44 | 6,50 | 7,18 |
Fortaleza | 3,88 | 0,09 | 0,42 | 5,29 | 5,78 |
Belém | 4,46 | 0,18 | 0,40 | 5,25 | 5,58 |
Curitiba | 8,09 | -0,24 | 0,11 | 4,45 | 5,27 |
Brasil | 100,00 | 0,16 | 0,53 | 5,35 | 6,17 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 14 de novembro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de setembro a 13 de outubro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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