Veículos elétricos crescem em vendas, mais ainda são limitados pelo preço e abastecimento

A venda de veículos elétricos está a pleno vapor no Brasil, mesmo sendo um valor pequeno para a nossa dimensão continental.  Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), nos primeiros quatros meses deste ano foram vendidos 12.976 veículos leves elétricos ou eletrificados, 78% a mais que igual período de 2021.

Além dos veículos leves, esse aumento alcançou também os caminhões elétricos, que nos primeiros quatros meses desse ano teve um aumento de 29% nos emplacamentos, representando 379 veículos, porcentagem maior que em 2021 inteiro. O emplacamento total de veículos leves caiu mais de 20% no mesmo período.

“A venda de veículos elétricos nos últimos anos é de pura consistência”, afirma o vice-presidente do grupo de veículos leves da entidade, Thiago Suguhara.

O público de alta renda domina as aquisições desses veículos, que podem ser híbridos, eletrificados ou totalmente elétrico, afinal seu custo gira em torno de R$ 300 mil a R$ 500 mil. Como uma proposta de popularização, e com isso fazer com que esses veículos circulem mais, a Renault, por exemplo, acabar de colocar em pré-venda um modelo que custa R$ 143 mil. “Tivemos muito interesse por ele, acima do que imaginei”, diz o vice-presidente comercial, Bruno Hohmann.

A tendência do mercado é que os preços caiam à medida que a tecnologia avance, principalmente as baterias desses veículos, que são responsáveis por 30% a 40% do preço total do veículo. O carregamento com energia elétrica é várias vezes mais baixo do que com outros combustíveis, assim como o de manutenção.

A grande dificuldade na expansão desse mercado é a infraestrutura de abastecimento, afinal, a menos que o veículo seja híbrido, sua autonomia não é suficiente para uma longa viagem. Entre as estratégias usadas pelas montadoras, está o acordo com redes que atendem motoristas de caminhões nas estradas, instalações de carregadores rápidos, ampliação dos postos de abastecimento urbanos e carregamento feito em casa.

Prova disso está no investimento feito pela Volvo Car de R$ 13 milhões para instalar carregadores rápidos entre São Paulo e capitais próximas. Outra estratégia das montadoras, como Audi e Renault, é apostar no programa de assinatura, onde o cliente paga um valor mensal para usar o veículo.

Fonte: Valor Econômico

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