A inflação vivida pelo Brasil, deste setembro de 2021, se mantém forte na casa de dois dígitos já há 12 meses. Isso acendeu o alerta para o aumento da inércia inflacionária, que é a inflação do passado recente pensando sobre os preços atuais e futuros, dificultando o trabalho do Banco Central de segurar o repasse, mesmo com juros em alta.
Entre os fatores que contribuem para esse cenário, está a inflação que encerrou 2021 acima de 10%, o que fez dessa marca um parâmetro para os reajustes. Somado a isso, há forte pressão de preços vinda do atacado para o varejo e o descasamento das cadeias produtivas globais, agravado pela guerra na Ucrânia, dificultando a marcação de preços.
Dos últimos 12 meses até abril deste ano, a inflação atingiu 12,1%, segundo o IPCA. Boa parte dessa resistência foi alimentada pela indexação formal – um mecanismo de defesa contra a perda do poder de compra do dinheiro – que são reajustes que seguem contratos, como aluguel, escola e plano de saúde, ou são autorizados pelo governo (combustível, energia).
Fábio Romão, economista da LCA Consultores, destaca que durante a pandemia, o peso da indexação formal na inflação, aumentou dois pontos percentuais. “Em dezembro de 2019, respondia por 32,05% do IPCA e, em abril desse ano, já era de 34,15%. Preços monitorados responderam por 50% do aumento, com destaques para gasolina, diesel e eletricidade”.
Fonte: Economia e Negócios / O Estado de São Paulo
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