*Coluna por Marcus Vinícius Saraiva, 16/06/22
Atualmente, vemos cada vez marcas correndo atrás de desenvolver seus próprios mascotes. E isso não é uma mera coincidência. Sabemos que essa estratégia pode render ótimos frutos quando usada de maneira correta. Para entender um pouco mais sobre esse tipo de criação, trouxe o diretor de arte, Italo Campos, que também é ilustrador e artista 3D. Com a palavra, Italo: Sempre que se fala no assunto de branding persona das marcas, gosto de fazer essa pequena brincadeira: “Ei, vamos comprar um sanduíche e uma batata frita lá da marca do palhaço? Depois podemos ir na loja daquela mulher 3D, para ver se achamos pneus daquela marca do boneco borrachudo”. Aqui, cito três marcas famosas e tenho certeza que você sabe quais são, sem mesmo eu precisar dizer os nomes de cada uma. Esse é o poder de um mascote bem elaborado.
Engana-se quem acha que os mascotes são uma invenção moderna. 137 anos atrás, temos a criação do que até onde se sabe, o mascote mais antigo da história: O Larry, da marca Quaker (que veio ser conhecido no Brasil como “O velho da Quaker”). Pouco se sabe quem é o homem que inspirou a personificação de Larry, mas o que realmente importa, é que, através daquela ilustração, a marca conseguia transmitir tudo o que na época da fundação da empresa, era fundamental de se estabelecer: A legitimidade de um produto, somado aos princípios da marca, como pureza, honestidade e integridade, atributos esses que estavam estampados no personagem, com suas feições.
É impossível mensurar como essa cultura foi se espalhando através dos tempos e seria errado até mesmo estudá-la com a mesma visão de antigamente. Podemos também levantar a questão de que, se em alguns casos a criação do mascote foi algo realmente estratégico, ou se era apenas um caso de “que legal, quero ter um pra minha marca”. O fato é que depois de vários e vários cases de sucesso, os principais motivos de porquê se criar um, é bem mais nítido e vantajoso do que os motivos pelo qual não se criar: O mascote de uma marca é criado para estabelecer conexões reais com os consumidores e fortalecer associações de marca, construindo assim, uma humanização, uma relação de confiança e uma identidade que vão além do que um slogan ou uma embalagem bem feita podem alcançar.
Em 2016, um estudo feito pela World Academy of Science, Engineering and Technology (WASET), constatou que os mascotes possuem um efeito significativo no comportamento de compra. O estudo (que você pode ler na íntegra aqui) contou com a participação de 400 pessoas, tendo como resultado final a seguinte constatação: os consumidores tiveram uma atitude positiva de compra ou se mantiveram interessadas na compra, com produtos ligados a marcas que tinham mascotes (e que, consequentemente, eram marcas mais humanizadas). O consumidor pode hesitar em ser um fã de uma determinada marca, porém, é muito mais fácil se afeiçoar a algo que tenha personalidade, que tenha vida. Um exemplo concreto disso, é que a Lu, mascote da rede Magazine Luiza, foi eleita pelo site Virtual Humans, como a influenciadora virtual mais seguida do mundo, com aproximadamente 55 milhões de seguidores, somando todas as suas redes sociais, chegando inclusive a dividir o palco com a cantora Anitta, em uma ação de Black Friday. Como fazer sua marca ter mais vida que isso, não é mesmo?
Aqui, falei sobre os mascotes mais voltados para o meio de marcas e empresas, porém, lembro ao leitor, que em outros segmentos, o mascote é de extrema importância: como esquecer dos mascotes criados para a olimpíadas e os concursos culturais para definir o nome do mesmo? O quanto isso gera engajamento, já pensou? E claro, todos os times de futebol possuem seus próprios mascotes, trazendo o torcedor para muito mais perto do seu time. Cada mascote, agregado a uma boa estratégia de criação e marketing, podem fazer a sua marca atingir um outro patamar. Já pensou em criar um para a sua?
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.
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