A linha de seguros de Responsabilidade Civil (RC) confirma as projeções de expansão, em consequência dos maiores benefícios que passaram a ofertar seus produtos com as novas regras aprovadas a partir do segundo semestre de 2021. Pela média móvel de 12 meses até março (abr/21 a mar/22) por exemplo, a alta foi de 18,1% sobre o período imediatamente anterior. Essas e outras informações sobre o desempenho do setor segurador – responsável pela geração de 177 mil empregos diretos no País – constam na nova edição (nº 72) da Conjuntura CNseg, publicação da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg.
Segundo a Conjuntura CNseg, o Estado de São Paulo, carro-chefe do PIB nacional, se confirma como a principal praça de negócios dos seguros de Responsabilidade Civil (RC), com arrecadação de R$ 540,7 milhões no primeiro trimestre, representando 59% dos prêmios gerados para esse produto em todo o país, de janeiro a março. No primeiro trimestre do ano, a carteira de RC cresceu 5,3% (R$ 917,95 milhões, nacionalmente) em relação aos primeiros três meses do ano passado.
Há cinco modalidades no ramo de RC: Responsabilidade Civil Geral, E&O (Erros e Omissões, também conhecido como RC Profissional), D&O (do inglês Directors and Officers), Riscos Ambientais e Riscos Cibernéticos. Contratado por executivos para proteger-se de perdas financeiras em razão de ações judiciais contra atos corporativos que gerem prejuízos a terceiros, o D&O respondeu por mais de um terço da receita total do primeiro trimestre no ramo de RC. “Entre os fatores em prol do Responsabilidade Civil a partir de novas normas, há o fim dos planos padronizados, a possibilidade de pagar indenização antes mesmo do trânsito em julgado e o uso dos seguros de RC nas decisões administrativas do poder público. Em razão disso, cresce a percepção da sociedade de ter em mãos um instrumento para evitar perdas ao patrimônio”, ressalta Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras.
A nova edição da Conjuntura CNseg apresenta, além do desempenho de ramos e modalidades, o comportamento das vendas do setor segurador em estados e regiões no primeiro trimestre do ano. Na região Sudeste, o estado de São Paulo deteve 38,2% do market share nacional (sem Saúde e DPVAT). No Sul, foi o Paraná, com 7,4% da arrecadação nacional acumulada de janeiro a março. No Nordeste, a Bahia, com participação de 3,4% da receita total do período. No Norte, o Pará, com 1,2% do total. No País, nos três primeiros meses do ano, o setor movimentou mais de R$ 82 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em previdência privada e faturamento de capitalização (sem Saúde e DPVAT), alta de 15,4% sobre o primeiro trimestre de 2021.
A publicação dedica-se também aos dados econômicos que indicam uma reação mais forte da economia no primeiro trimestre do ano. Entre outros, o da produção industrial, que avançou 0,3% no acumulado dos três primeiros meses do ano; a alta acumulada nas vendas varejistas, de 1,6% segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PME), ao lado da reação consistente da área de serviços.
Veja a conjuntura na íntegra aqui.
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