*Coluna por Carlos Alberto Filho, 14/03/2022
Para a concretização do sonho de se montar, de se manter ou de se alavancar qualquer negócio, primordialmente precisa-se do estabelecimento de um plano de negócio, ou seja, um estudo que analisa a viabilidade desse desejo. Através deste planejamento é que se vislumbra o comportamento das variáveis vitais que ajudarão a analisar se esse sonho faz sentido financeiro. Esse estudo precisa revelar o produto ou serviço idealizado, conhecer o seu nicho de mercado, percebendo quem serão seus clientes, concorrentes, fornecedores, além de se compreender quais são seus pontos fortes e os pontos a melhorar. Porém, nada disso adianta caso o volume da demanda não seja suficiente para gerar resultado econômico-financeiro positivo, de forma contínua, para que o sonho se torne realidade.
Não raro, o mercado expõe empresários que têm dificuldade de perceber qual o seu patamar mínimo de venda para valer a pena continuar se esforçando. Para todo negócio, existe um conjunto de Custos e Despesas, sejam Fixos ou Variáveis, que precisa ser conhecido detalhadamente, no intuito de geri-lo devidamente. A empresa precisa ter essa consciência, de forma a buscar cobrir tais gastos através de uma prudente prática de Formação de Preço, quando o mercado assim permitir, ou pelo menos usar a precificação como base comparativa do preço praticado no mercado. De nada adianta trabalhar por um sonho se ele não conseguir pagar os gastos do negócio. Por isso é vital se conhecer o Ponto de Equilíbrio do negócio, ou seja, qual o patamar de venda que consegue cobrir todos os gastos da empresa. Conhecer esse patamar de venda traz luz ao negócio e faz o empresário efetivamente ter condições de gerir a empresa. Mas vale ainda destacar que, além da necessidade de se conhecer precificação, ter o conhecimento de como se calcula Margem de Contribuição é fundamental para que haja sucesso no uso do Ponto de Equilíbrio, caso contrário, o resultado pode ser um falso guia da gestão. É importante esclarecer que, esses cálculos podem ser usados como constatações de fatos ocorridos em um momento passado, mas também como previsões para se trabalhar uma melhoria de futuro. Tudo isso deve ser um alerta crucial para os empresários desavisados.
Quando a demanda de mercado não alcança aquele volume que se idealizou e que costumeiramente tem sido alcançado no negócio, como necessário para o resultado financeiro objetivado, provocando uma queda produtiva da empresa, então aí se constata uma Ociosidade. Esse é um problema que precisa ser suplantado o mais breve possível. A diluição do Custo Fixo Total está diretamente relacionada ao nível de Produção ou de Serviço executado. Assim, quanto maior a Ociosidade, menos os Custos Fixos Totais serão diluídos pela Produção ou pelo Serviço. Isso provoca uma elevação no valor dos Estoques (da Produção) ou no valor dos Serviços e, em seguida, no CPV (Custo dos Produtos Vendidos) ou no CSV (Custo dos Serviços Vendidos), quando da venda. Como normalmente é o mercado quem dita preço e assim nem sempre o empresário consegue adaptar os preços às variações de Custos da empresa, então a Ociosidade é um problema que afeta diretamente o Resultado. O empresário não precisa ver passivamente a variável da Ociosidade. Ele precisa tentar entender o motivo da queda da demanda no mercado, no intuito de buscar uma correção, seja através de uma revisão no que se oferece ao mercado, seja através de uma revisão de processo interno que esteja gerando gargalos, seja através de outras ações ativas.
Como visto até aqui, gerir um negócio precisa de um certo nível de atenção aos detalhes econômico-financeiros que são relevantes para o alcance de um bom Resultado. Entender a classificação e nível dos gastos, a formação de preços e acompanhar a demanda são pontos cruciais para a administração de um negócio. Tudo isso possibilita o cálculo e a compreensão da relevância do que vem a ser o Ponto de Equilíbrio e possibilita acompanhar o nível de Ociosidade de um negócio, uma dupla de variáveis que ajuda o empresário a internalizar um patamar de segurança financeira por onde trilha.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.
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