É sexta-feira à noite e estou sentado no meu sofá assistindo meu filho jogar Minecraft com seu primo, que mora a 600 milhas de distância. Os dois estão gritando alegremente enquanto perseguem um ao outro em torno de um mapa de esconde-esconde personalizado que um deles fez, e foi aí que me ocorreu. O metaverso não é algo pelo qual precisamos esperar de cinco a 10 anos. Já está aqui, e a próxima geração está vivendo nele.
Então, como podemos justapor isso com os números mais recentes de um relatório da A informação (abre em nova aba) o que mostra que a Meta – e outras empresas como ela – estão gastando mais de US$ 70 bilhões para construir o metaverso (abre em nova aba) na próxima década? Como aponta o artigo do The Information, isso é vinte vezes o valor que a Apple investiu ao construir o iPhone original.
Mas, aqui está o negócio. Embora muitos elementos do Metaverso como substantivo certamente existam, será preciso muito mais para realmente criar um mundo digital que convirja todos os conceitos existentes do metaverso em algo interoperável. Claro, então, seria preciso muito mais dinheiro para montar do que um único produto. Duh.
Mas é realmente necessário criar um mundo virtual coeso? Eu gostaria de explorar essa questão no artigo do Editor’s Desk de hoje.
Eu vi o argumento de que jogos como World of Warcraft e Everquest popularizaram o conceito de um mundo online onde os jogadores podem assumir um alter-ego e viver seus dias como algo muito mais emocionante do que a vida real. E embora esses jogos tenham se maravilhado por criar um mundo virtual que parecia mais um mundo real do que qualquer outro antes deles, eles não se encaixam na definição adequada de um metaverso.
Por quê? Porque, nesses jogos, você ainda está escolhendo apenas personagens que os criadores fizeram para se encaixar em um determinado tema, e também não há uma maneira real de construir ou criar seus próprios mundos ou itens dentro deles. Tudo ainda é feito dentro de uma estrutura pré-desenhada, mesmo que seja enorme.
Em vez disso, jogos como Minecraft e Fortnite são representações muito melhores do que podemos e devemos esperar de qualquer tipo de nome próprio Metaverse no futuro. Por quê então? Simplificando, existem poucas, se houver, restrições para o que uma pessoa pode jogar e o que ela pode fazer.
Os jogos online existem em uma estrutura predeterminada, enquanto os metaversos colocam poucas (ou nenhuma) restrições sobre quais personagens uma pessoa pode interpretar e o que ela pode fazer ou construir.
Minecraft é óbvio na frente de criação. O jogo foi literalmente feito para jogadores que gostam de explorar e construir, dando a eles as ferramentas para criar quase tudo que eles pudessem pensar usando o estilo de arte voxel único do jogo. Com o passar dos anos, as atualizações do Minecraft se concentraram fortemente em dar às pessoas o poder de ir além das ferramentas do jogo e criar coisas verdadeiramente espetaculares – até mesmo jogos dentro do jogo.
O mercado do Minecraft criou uma maneira coerente para os criadores pegarem mundos brilhantes e modelos de personagens que criaram e vendê-los por dinheiro do mundo real. Você pode ser Buzz Lightyear, pode explorar o mundo de The Nightmare Before Christmas, pode interpretar um dos milhões de conceitos e personagens originais, ou apenas criar o seu próprio.
Fortnite também assumiu o manto de permitir que os jogadores sejam praticamente o que quiserem. Na verdade, pode ser o melhor exemplo de quão incrível um metaverso adequado pode ser quando tudo se encaixa. Não acredite em mim? Verificar o vídeo neste Tweet (abre em nova aba) (aviso de linguagem escrita) para o que eu acho que é provavelmente o melhor exemplo que eu já vi para o jogo.
Esse tipo de mashup de fandom só era possível anteriormente em títulos piratas ou fanfiction, mas aqui está hoje no jogo online mais popular de todos os tempos.
Enquanto Goku corre por um campo, o som e o visual de um Kamehameha ressoam no horizonte. Goku então pula no ar e usa os atiradores de teia do Homem-Aranha para balançar rapidamente a teia de árvore em árvore até chegar aos jogadores que estavam apenas lutando, apenas para retirar o sabre de luz de Darth Vader e aniquilar o jogador quase instantaneamente.
Se isso não for suficiente para convencê-lo, que tal um Xenomorfo do filme Aliens dançando uma música do Wu-Tang Clan (abre em nova aba)? Ou, que tal personagens de animes como Dragon Ball Z e Naruto – junto com muitos personagens originais – tendo o tempo de suas vidas (abre em nova aba) em um show virtual do BTS?
Esse tipo de mashup de fandom só era possível anteriormente em títulos piratas ou fanfiction, mas aqui está hoje no jogo online mais popular de todos os tempos. Esse é o poder do metaverso, e é algo que realmente só se materializou nos últimos anos como um conceito real, vivo, que respira.
Gastar mais para obter mais
O VR Chat não é apenas um fórum online que oferece às pessoas uma maneira mais visual de se encontrar e discutir eventos atuais. É toda uma cultura.
Portanto, embora Fortnite e Minecraft sejam provavelmente dois dos melhores exemplos do que você poderia chamar de metaverso na cultura pop hoje, há mais um exemplo óbvio que existe apenas em VR: VR Chat.
Como um título totalmente gratuito, o VR Chat é simplesmente alucinante e pode ser completamente avassalador para usuários iniciantes. O VR Chat não é apenas um fórum online que oferece às pessoas uma maneira mais visual de se encontrar e discutir eventos atuais. É uma cultura inteira, vista com destaque na decoração de avatares de gatas e uma série de outras coisas que você realmente entenderá se for um usuário regular.
Mas, novamente, o VR Chat não é apenas um lugar para as pessoas e seus avatares virtuais se misturarem enquanto se sentam em seus sofás à noite. É um lugar onde as pessoas recriam completamente jogos clássicos e até permitem que você entre nos mundos dos jogos da geração atual como The Legend of Zelda: Breath of the Wild.
Praticamente tudo o que você pode pensar foi refeito no VR Chat. Seja jogando Among Us VR (abre em nova aba) antes que o jogo oficial seja lançado ainda este ano, carros à deriva em Ridge Racer – com visuais adequados da era PS1 – explodindo diabinhos no Doom original enquanto joga como seu avatar, ou marcando paredes no sempre adorável Jet Set Radio, VR Chat tem tudo.
Essencialmente, pense no Metaverse como uma combinação de VR Chat e Pokemon Go, onde as pessoas podem interagir umas com as outras e fazer transações em qualquer lugar em que se encontrem e em qualquer dispositivo que desejem usar.
Então, onde a ideia de Meta de um Metaverso (M maiúsculo) entra em jogo? Embora o objetivo do VR Chat seja ser um lugar virtual para você passar o tempo com amigos – incluindo amigos que não têm um headset VR com o modo desktop do jogo – o conceito do Meta vai além das quatro paredes da sua casa e inclui seu telefone e qualquer outro dispositivo digital que você possa ter consigo.
Essencialmente, pense no Metaverse como uma combinação de VR Chat e Pokemon Go, onde as pessoas podem interagir umas com as outras e fazer transações em qualquer lugar em que se encontrem e em qualquer dispositivo que desejem usar.
É essa complexidade que vai ser a parte mais difícil, na verdade, e é também o que torna o Metaverso do Meta o mais caro e possivelmente o mais transformador de todos os conceitos do metaverso.
Se ainda estamos comparando o que custa para ser pioneira em outras tecnologias, as estimativas colocam os investimentos iniciais na criação em torno de US$ 125 milhões, ou cerca de US$ 235 milhões em dólares de hoje. Como o The Information apontou, o Android levou cerca de US$ 1 bilhão para ser criado, enquanto o iPhone original custa cerca de US$ 3,4 bilhões.
Com isso dito, há pouca chance de que as pessoas que faziam engenharia na época realmente tivessem alguma ideia do que a internet realmente se tornaria ou quão vastas seriam suas reservas de conhecimento.
Da mesma forma, um Metaverso adequado seria ainda mais abrangente do que a infraestrutura inicial da Internet, simplesmente porque precisa reunir tantas coisas em um universo virtual massivo e congruente. Não é à toa que tal design seria muito mais caro e complexo do que o investimento em um único produto, como a maioria dessas comparações aponta.
Um Metaverso adequado seria ainda mais abrangente do que a infraestrutura inicial da Internet, simplesmente porque precisa reunir tantas coisas em um universo virtual massivo e congruente.
Dado o quão monumentalmente transformador pode ser, não tenho certeza se é justo tentar comparar qualquer uma dessas coisas. É definitivamente divertido ver como os números diferem um do outro – especialmente porque a Meta parece gastar US $ 70 bilhões no desenvolvimento do Metaverse nos próximos anos – mas esse custo também inclui coisas terciárias, como desenvolvimento de headset VR e AR. Mais de US$ 10 bilhões, para ser específico.
Mas, se a Meta for bem-sucedida em descobrir uma maneira de trazer as marcas, personagens, lugares e jogos favoritos de todos em um só lugar, acessível por quase qualquer dispositivo que você possa imaginar, e criar um ecossistema inteiro que beneficie pessoas reais com dinheiro real, terá algo verdadeiramente transformador em suas mãos.
O fato é que é preciso mais do que apenas imaginação para fazer algo tão grande e complexo quanto um metaverso. Leva muito tempo, muita mão de obra e muito dinheiro.
Se a Meta atingirá os estimados US $ 70 bilhões até 2026 é o melhor palpite de qualquer um, mas, com base no recente congelamento de contratações da Meta e nos rumores de que a empresa efetivamente não contratará novos funcionários em 2023, me diz que as medidas de corte de custos já começaram , e o que parece ser um número bizarramente grande agora diminuirá no momento em que o dinheiro começar a voltar aos cofres da Meta a partir de um conceito Metaverso mais maduro.
Enquanto isso, precisamos seriamente de jogos como Minecraft, Roblox e Fortnite no Quest 2. No mínimo, parece um desses (abre em nova aba) já está a caminho.
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