sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Pilares da organização financeira pessoal

Veja como construir uma vida financeira sustentada em fortes pilares.

Organização é um dos fatores fundamentais para que alguém tenha sucesso em qualquer área. Afinal, uma vida desorganizada não possui qualquer rumo e, portanto, tende a sair completamente dos trilhos.

Nesse sentido, o desenvolvimento financeiro, muitas vezes, é deixado de lado, embora seja um dos aspectos centrais da nossa vida. Por isso, não é raro ver profissionais com carreiras estáveis e altos ganhos, mas que não conseguem manter as suas contas em dia.

Normalmente, esse tipo de comportamento deriva da falta de pilares financeiros. Um pilar é uma estrutura que sustenta algo para que aquilo não caia. Em sentido metafórico, um pilar financeiro serve como sustentáculo para que uma pessoa não cometa excessos que possam levá-la à ruína ou à falência.

Os pilares servem como um apoio para atingir metas e objetivos, bem como uma proteção contra tentações que possam desviar a pessoa desses propósitos. Assim, veja agora quatro pilares fundamentais para criar e manter uma boa organização financeira.

Educação financeira

Diz-se que a educação é a base de uma sociedade desenvolvida. Nesse sentido, os brasileiros sofrem na educação financeira o mesmo problema da educação em geral. Afinal de contas, esta é uma das disciplinas que não se aprende nas escolas.

A frase também se aplica no quesito organização financeira. Se você não conhece nada sobre finanças e investimentos, não há como desenvolver qualquer organização nesta área.

Isso não significa que é preciso entender de taxa de juros, inflação ou outros temas complexos. Ao contrário, a educação financeira é muito mais simples e envolve conceitos do dia a dia, por exemplo:

  • “devo comprar esse produto em 12 vezes ou esperar e comprar à vista com desconto?”
  • “compensa mais pagar aluguel ou dar entrada para financiar um imóvel com juros mais baixos?”
  • “é mais vantajoso financeiramente comprar um carro ou andar de aplicativos de transporte?”

Essas decisões não requerem um curso de economia ou investimentos, mas também não são decisões simples. A educação financeira é o processo que ajuda a tomar a melhor decisão no contexto de cada situação e realidade pessoal.

Tenha ativos que gerem renda

Imagine duas pessoas, cada uma delas vivendo as situações abaixo:

  • Pessoa A: ganha R$ 20 mil por mês, possui um carro de luxo e um apartamento de três quartos, financiados. Gasta R$ 25 mil por mês e vive presa ao cheque especial. Não investe nada nem tem qualquer outro patrimônio;
  • Pessoa B: ganha R$ 10 mil por mês, tem carro e casa quitados. Gasta R$ 8 mil por mês e reinveste o valor restante. Possui R$ 80 mil em aplicações financeiras.

Quem é o mais rico?

Embora a pessoa A ganhe o dobro, a pessoa B possui uma vida mais equilibrada. Afinal, além de ter bens quitados, possui investimentos guardados para emergências. Algumas dessas aplicações podem até gerar renda passiva, como dividendos ou juros, por exemplo.

A riqueza de alguém não é definida pelo quanto a pessoa ganha, mas, sim, quanto ela gasta. Ter um patrimônio que lhe dá segurança em momentos de crise é um dos pilares mais sólidos para a organização financeira.

Viva dentro de suas possibilidades

Este pilar também é ilustrado pelo exemplo anterior, no qual a pessoa B continua em vantagem. Além de ter mais investimentos, ela gasta menos do que ganha, ou seja, consegue viver apenas com o seu salário. A pessoa B possui um fluxo de dinheiro líquido positivo a cada mês.

Em contrapartida, a pessoa A gasta mais do que ganha todos os meses. Ela não consegue se manter com seu próprio salário, apesar de ganhar o dobro de dinheiro em relação à pessoa B.

Para piorar, a pessoa A sempre recorre ao banco para complementar seu salário. Essa dívida faz com que ela jamais possa usufruir de um bom patrimônio e enriquecer.

Portanto, o terceiro pilar diz respeito a não gastar mais do que o seu orçamento consegue comportar.

Metas, objetivos e prazos

“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.“: a frase presente no livro Alice no País das Maravilhas resume o que é uma vida sem objetivos. Se você poupa e investe, mas não sabe o que deseja, então fica mais difícil justificar tamanho sacrifício.

Por outro lado, imagine que você deseja investir para fazer uma viagem a Londres por três dias no final de 2022, por exemplo. Trata-se de um objetivo com prazos e datas bastante definidos.

Com o objetivo em mãos, você pode traçar metas para chegar até ele. Por exemplo, devo comprar 100 libras (moeda utilizada no Reino Unido) por mês até setembro de 2022, totalizando 1.000 libras para a viagem. Cada compra mensal representa uma meta cumprida rumo ao seu objetivo.

Em suma, criar metas e objetivos é mais um dos pilares da organização financeira. Não importa se o seu desejo é se aposentar ou fazer uma viagem: ter pilares sólidos é fundamental para conquistar estabilidade financeira. Comece a praticar e veja os resultados surgirem.



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